Apoiado por Bolsonaro, Gilberto Nascimento é o novo líder da Bancada Evangélica
Deputado do PSD recebeu 117 votos contra 61 do adversário. Posse será nesta quarta (26), em um culto no auditório da Câmara dos Deputados

Por Cristiano Stefenoni
A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) no Congresso tem um novo presidente: o deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP), apoiado por Jair Bolsonaro e Silas Malafaia, foi eleito com 117 votos contra 61 do adversário, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), que era o preferido do governo Lula. A eleição aconteceu nesta terça-feira (25) e, a posse, está prevista para esta quarta (26) em um culto no auditório da Câmara.
Dessa vez, as eleições foram marcadas pela divergência, ao contrário dos outros pleitos, onde havia um consenso e a escolha era feita por aclamação. Antes mesmo da votação, a deputada federal Greyce Elias (Avante-MG) – membro da Sara Nossa Terra e candidata mais de “centro” – retirou a candidatura para apoiar Gilberto.
Otoni, inclusive, chegou a afirmar, durante entrevista ao Metrópolis, que “a Frente Parlamentar Evangélica não é um puxadinho dos interesses do bolsonarismo. A Frente Parlamentar Evangélica não pode ser subserviente ao atual governo e não pode estar aqui atendendo aos interesses do bolsonarismo”.
Após a vitória, o deputado Gilberto Nascimento disse buscará fortalecer ainda mais a atuação no Congresso Nacional, promovendo políticas que reflitam os valores cristãos. “Desde a fundação desta frente, participo ativamente de suas atividades, sempre na defesa dos princípios cristãos. Busquei legislar com responsabilidade, colocando Deus em primeiro lugar e defendendo os princípios cristãos, a fé e os valores da família e da vida”, disse.
Biografia
Gilberto Nascimento é advogado e ocupava o cargo de suplente da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados até fevereiro de 2025. Foi três vezes vereador pela cidade de São Paulo, duas vezes deputado estadual e está no terceiro mandato como deputado federal. O parlamentar afirma que é um dos primeiros cristãos evangélicos a ingressar na carreira política, em 1982. “Na época, havia grande resistência e preconceito sobre a participação de evangélicos na política”, afirma.
Ele se define como um parlamentar comprometido com os ideais conservadores, democráticos, e com perfil conciliador. “Nesses mais de 15 anos em Brasília, conquistei o respeito de meus pares por ser um parlamentar de diálogo, pacificador, mas muito firme e coerente em relação às minhas convicções”. Ele também é presidente da Frente Parlamentar da Longevidade.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
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